Entrevista com Jenny Wright
Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto incrível. São apenas 7 perguntas, mas que fornecem um pequeno mosaico da carreira e paixão do entrevistado (a) pelo cinema.
E hoje, com vocês, a atriz Jenny Wright.
1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.
J.W.: Minha relação com cinema é intensa porque sou atriz. Diria até que sou de nascença. Estudei interpretação num ótimo curso de preparação. Dali, fui modelo, fiz teatro, televisão e finalmente cinema. E comecei com realizadores únicos: Alan Parker (Pink Floyd - The Wall) e George Roy Hill (O Mundo Segundo Garp). De lá para cá, sinto que o cinema melhorou muito para as mulheres. Eu vi esta transformação acontecendo.
2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga qual o filme mais importante da sua vida.
J.W.: Fácil: Amo "Entre dois amores" com a Meryl Streep. Um papel forte, de uma grande mulher interpretada pela maior das atrizes.
3) O que desencadeou seu desejo de se tornar uma atriz?
J.W.: Família. Meu avô era um famoso ator do teatro Vaudeville. Meu pai também era. Tenho veia artística. E me descobri na atuação. Não só pela influência, mas pela identificação.
4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Lembra-se de alguma história legal que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar conosco? Alguma história de bastidores, por exemplo…
J.W.: Foi tudo histericamente trágico. Não consigo nomear uma situação em particular, mas cada momento vivido foi incrível, alguns memoráveis para o bem outros para o mal.
5) Em sua carreira, atuou em dois grandes sucessos dos anos 90. O que foi mais desafiador: enfrentar tornados em Twister (1996) ou andar nua diante de uma cidade inteira em Jovem demais para morrer (1990)?
J.W.: Olha, vou te contar um segredinho, mas não conte a ninguém (risos): eu adoro nudez. Amo ficar nua no set, em casa, numa praia. Eu comecei a carreira como modelo e nudez era algo recorrente. Mas algumas fazem por obrigação ou necessidade. Eu faço por prazer.
6) Ainda na sua área de atuação. Qual trabalho que você fez que te deixou mais orgulhosa?
J.W.: "Quando chega a escuridão" foi sem dúvidas uma beleza de filme. E dirigido por uma mulher né? Kathryn Bigelow fez um dos cult movies do cinema envolvendo vampiros.
E contrapartida, algum arrependimento?
J.W.: "Passageiro do futuro" foi horrível.
M.V.: Curioso como o diretor Brett Leonard fez o ótimo Esconderijo, na sequência.
J.W.: Sim, é um bom filme de fato.
M.V.: Este é o único filme baseado em um livro ou conto de Stephen King que jamais revi. Um belo dia eu descobri que a New Line tinha um roteiro sem qualquer relação com a história original de King, chamado "Cyber God". E como a produtora tinha também os direitos do conto "The Lawnmower Man", eles simplesmente colocaram o nome de King e o título do seu conto num filme com outra história. Isto aliviou minha consciência... (risos).
7) Para finalizar, cite uma frase famosa do cinema que represente você.
J.W.: Não é uma frase de um filme, que eu me lembre, mas certamente é um conselho famoso, mas que nem sempre é levado a sério: "Quando você não gosta mais, é hora de parar."
M.V.: Verdade Jenny. Certamente vou pensar sobre isso quanto minha página deixar de fazer sentido para mim.
J.W.: Faça isto.
M.V.: Obrigado. Foi um grande prazer.