Entrevista com Laurent Tissier


Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto incrível. São apenas 7 perguntas, mas que fornecem um pequeno mosaico da carreira e paixão do entrevistado (a) pelo cinema.

E hoje, com vocês o diretor Laurent Tissier

Boa sessão:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS que faziam parte do nosso cotidiano. Você é um apaixonado por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

L.P.: Ainda criança, tive a chance de ir ao cinema regularmente e ter um videocassete logo que lançou, o que me permitiu assistir a muitos filmes de terror.  Eu amava. Assistia tudo desde Frankenstein com Boris Karloff, que vi aos 6 anos de idade na TV.

M.V.: Para mim,  Frankenstein é o melhor filme da era Universal Monsters. Me impactou mais que Drácula ou a Noiva de Frankenstein, que são os normalmente escolhidos.


2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga  qual o filme mais importante da sua vida. 

L.P.: O meu filme favorito é sem a menor sombra de dúvidas, Laranja mecânica, dirigido pelo mestre Stanley Kubrick.


3) Você é um cineasta independente. Que conselho você daria para quem está começando na profissão? Quais são os erros mais comuns que podem ser evitados?

L.P.: Não dê ouvidos a pessoas que dizem que é perda de tempo. Seja apaixonado e muito paciente, porque um dia ou outro uma boa surpresa chegará ...

Evitar fazer uma co-realização. Faça um filme "sozinho", cercado por pessoas sérias e, especialmente, coloque tudo no lugar para filmar as cenas o mais regularmente possível.


4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Lembra de alguma história legal que tenha acontecido  durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar conosco? Alguma história de bastidores por exemplo…

L.P.: Evidentemente, há muitas. 

Mas uma das últimas foi quando um amigo, o co-produtor de EDMUND KEMPER 3, viria com vísceras que estavam no freezer ... mas ele errou e levou uma couve-flor congelada !!! (risos) 

M.V.: Deve ter sido hilário ...

L.P.: Concordamos em adiarmos a cena para alguns dias depois de tanto que rimos dá situação.


5) Se pudesse, por um dia, ser um diretor (a) do cinema clássico (de qualquer país) e através deste dia, ver pelos olhos dele (a), uma obra prima sendo realizada, quem seria e qual o filme? E claro…porque?

L.P.: Alfred Hitchcock filmando a obra prima "Festim diabólico" porque este filme dá a impressão de ter apenas uma sequência filmada em tempo real! Foi um dos grandes momentos dos planos-sequência no cinema. 

Os atores são excelentes, o cenário é muito bom e a técnica e domínio de Alfred Hitchckok são incríveis. Um verdadeiro monstro sagrado do cinema.


6) Agora voltando à sua área de atuação. Qual trabalho realizado você ficou profundamente orgulhoso? E em contrapartida, o que você  mais se arrependeu  de fazer, ou caso não tenha se arrependido, teria apenas feito diferente?

L.P.: Tenho orgulho de tudo o que fiz. Sem arrependimentos, tudo o que fiz na minha vida cinematográfica foi planejado para ser do jeito que é.


7) Para finalizar, deixe uma frase famosa do cinema que te represente.

L.P.: "Eu nunca bebo ... vinho!"
Drácula de Bram Stoker.

M.V.: Obrigado amigo.

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