Entrevista com Jack Sholder

 

Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto incrível. São apenas 7 perguntas, mas que fornecem um pequeno mosaico da carreira e paixão do entrevistado (a) pelo cinema.

Hoje o bate papo foi com Jack Sholder, diretor de um dos meus filmes preferidos dos anos 80: O escondido.

Boa sessão:

 

1) Como começou a trabalhar na indústria do cinema? Quando surgiu a primeira oportunidade na direção?

J.S.: Eu comecei fazendo filmes por minha conta durante a Universidade. Depois me mudei para Nova York quando comecei a trabalhar como editor. Fiz aquilo por um tempo, alguns curtas também, escrevi roteiros até realizar Noite de Pânico (1982) pela New Line.

M.V.: ...que é um filmaço com um grande elenco. 

2) O que motivou você a se tornar diretor, já que começou como editor?

J.S.: Eu assistia muitos filmes, talvez 5 a 10 por semana, quando eu estava em Nova York. Vários grandes filmes. E eu queria fazer filmes que fizessem as pessoas sentir o mesmo que eu senti vendo um grande filme.

3) Agora, a "Escolha de Sofia": qual trabalho considera o melhor da sua carreira?

J.S.: O Escondido (1987), 12:01 (1993) , Noite de Pânico (1982) e  Operação nuclear (1990)

M.V.: Como falo na pergunta abaixo, eu amo "Escondido". É daqueles filmes que revi muitas vezes nos anos 90, principalmente. Mas com relação à sua resposta, dificilmente algum diretor escolhe um filme pontualmente. Mas eles sempre incluem vários, mesmo a pergunta sendo direcionada para escolher um só... (risos).

4) Acho que o filme "O Escondido (1987)" é um dos melhores cult movies de todos os tempos. Há alguma história de bastidores que queira compartilhar conosco? 

J.S.: Foi um filme muito difícil de fazer.  Eu sentia constantemente que estava segurando o filme sozinho, ou mesmo me segurando. Interessante como isto tudo acabou dando certo. Porque foi tão difícil, apesar de tudo.

M.V.: Alguns filmes guardam esta história de bastidor em comum: tinham tudo para dar errado, mas se tornam filmes reconhecidos.

J.S.: Exato. 

5) Quem gosta de cinema costuma ter suas preferências. Há uma lista dos filmes da sua vida? Um Top 10 ou algo assim...

J.S.: Muitos. Quase tudo de Renoir, Fellini, Welles, Truffaut.

M.V.: Orson entra na lista de quase todos os entrevistados. 

6) Sua carreira na direção está vivendo um hiato. Você tem projetos por vir?

J.S.: Talvez. Veremos. "12 dias de terror" foi o último que dirigi. Hoje em dia não encontro um que me motive. Fui fazendo, basicamente, filmes para TV ou episódios de séries. 

7) Para finalizar, se pudesse nos deixar uma lição da sua vida dedicada ao cinema, qual seria?

J.S.: Nunca desista. Evite o óbvio.

M.V.: Obrigado pelo bate papo amigo...



 

  

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